Calvície ou Alopecia Androgenética - Fabiana Caraciolo

Alopecia Androgenética (Calvície Masculina e Calvície Feminina)

Imagem Alopecia Androgenética (Calvície Masculina e Calvície Feminina)

A alopecia androgenética, também conhecida como calvície, é a principal causa de perda de cabelos em homens e mulheres e, frequentemente, causa grande impacto na autoestima e qualidade de vida.

Ao longo da vida, 80% dos homens brancos e 50% das mulheres brancas apresentarão algum grau de calvície. Em negros e asiáticos, a prevalência é bem menor. A incidência da calvície aumenta com o passar da idade, mas, em casos mais graves, ela pode ter início na adolescência.

Esta alopecia é chamada de androgenética porque, na sua origem, ocorre a interação de dois fatores:

  • Andro: hormônios androgênicos ou "hormônios masculinos", que as mulheres também possuem.
  • Genética: predisposição genética, ou seja, o indivíduo já nasce predisposto a desenvolver esta doença.

Na calvície, então, os hormônios com ação androgênica vão agir em áreas sensíveis em indivíduos geneticamente predispostos.

Na calvície, estão envolvidos mais de um gene. Estes genes ainda não são todos conhecidos, mas sabe-se que podem ser herdados tanto do pai quanto da mãe. Vários genes já foram associadas à calvície. Um dos genes já associados foi o do receptor do hormônio androgênico, que está no cromossomo X, por isso, foi criado o mito de que a calvície viria só do lado da mãe. Na verdade, vários outros genes também estão envolvidos na predisposição à doença e podem vir de ambos os lados da família. Quanto mais forte a herança genética do indivíduo, mais precoce e mais intensa costuma ser a sua calvície.

O hormônio testosterona é convertido em dihidrotestosterona (DHT) pela ação de uma enzima chamada 5-alfa-redutase. A DHT, por usa vez, liga-se a receptores presentes nos folículos pilosos, levando às alterações responsáveis pela calvície nos indivíduos geneticamente predispostos.

As pessoas com calvície possuem mais receptores (“encaixes”) para a DHT e para a testosterona no topo da cabeça. Nas laterais e na região posterior, a quantidade de receptores é bem menor, por isso, permanece com bastante cabelo ao longo dos anos.

A calvície masculina não ocorre por excesso de hormônios androgênicos, portanto, não se costuma solicitar dosagens hormonais para os homens. O que acontece é uma maior sensibilidade do folículo piloso a níveis normais destes hormônios devido ao maior número de receptores nos folículos do topo da cabeça..

Na calvície feminina, o papel dos hormônios androgênicos ainda não está bem esclarecido. Em algumas mulheres, este papel é bem evidente, seja por um aumento dos níveis hormonais ou por sinais de maior sensibilidade a tais hormônios. Mas, em grande parte das mulheres, não se identificam sinais de uma maior ação androgênica, por isso, atualmente, utiliza-se muito um novo termo para calvície feminina: alopecia de padrão feminino.

Normalmente, os cabelos caem e novos cabelos crescem no local com a mesma espessura e atingem o mesmo comprimento que os que caíram alcançaram. Já nas áreas afetadas pela calvície, isto não ocorre, e, a cada ciclo do cabelo, a sua fase de crescimento se torna mais curta. Dessa forma, o cabelo cresce um pouco e logo cai. Além disso, ocorre um fenômeno chamado de miniaturização do folículo piloso, processo no qual o folículo vai sofrendo uma diminuição do seu tamanho, pouco a pouco. O resultado é que o folículo passa a produzir fios cada vez mais finos e curtos, que não são mais capazes de cobrir adequadamente a cabeça.

Os homens costumam perceber a calvície como uma diminuição de cabelos em forma de "entradas" na região anterior do couro cabeludo ou como uma diminuição de cabelos no topo da cabeça. Já as mulheres costumam notar o início da doença como um alargamento da risca central do cabelo e, com o tempo, percebem que o cabelo está ficando mais ralo, perdendo volume, deixando o couro cabeludo cada vez mais visível e o rabo de cavalo mais fino.

O objetivo principal do tratamento da calvície é tentar interromper ou retardar o afinamento progressivo dos cabelos. Algumas vezes, conseguimos também recuperar parte do volume capilar perdido. A finasterida é a medicação padrão ouro para calvície masculina. Ela é uma medicação de uso oral, que bloqueia a enzima 5-alfa-redutase tipo 2, reduzindo a formação da DHT e, consequentemente, a miniaturização dos folículos. O benefício do uso da finasterida em homens já é bem comprovado, porém, em mulheres, ainda é controverso. O minoxidil pode ser usado em homens e mulheres, diretamente no couro cabeludo, e tem por objetivo prolongar a fase de crescimento dos cabelos. Em mulheres com sinais de hiperandrogenismo, seja por aumento dos hormônios ou por aumento da sensibilidade a estes, podem-se utilizar medicações com ação antiandrogênica como a espironolactona e alguns anticoncepcionais específicos.

Atualmente, estão disponíveis também algumas técnicas para ajudar no tratamento de pessoas que não alcançam uma boa melhora da calvície apenas com tratamento clínico ou que não podem usar tais medicações. Dentre esses procedimentos, destacam-se o microagulhamento e a microinfusão de medicamentos na pele (MMP), possibilitando o chamado “drug delivery”, que é a entrega de medicamentos diretamente no couro cabeludo. A fotobioestimulação, através do laser de diodo de baixa potência ou LED, também pode ser associada aos tratamentos padrões, algum agregando benefício. São tratamentos coadjuvantes, portanto, não são obrigatórios.

Em casos avançados de calvície, muitos folículos já estão tão miniaturizados que não conseguem mais produzir pelos. Nestes casos, uma opção seria o transplante de cabelos.

No transplante ou implante capilar, pelos são retirados da parte de trás do couro cabeludo, que é uma zona resistente à ação dos andrógenos, ou seja, onde estes hormônios não levam à perda de cabelos. E, ao serem levados para região anterior ou topo da cabeça, estes pelos permanecem não sendo afetados pelos andrógenos. Deve-se, porém, manter o tratamento clínico para a calvície, mesmo após o transplante, pois, do contrário, serão perdidos os outros pelos da área calva, restando apenas os cabelos transplantados.

Então, transplante capilar não é tratamento de calvície. Seu objetivo é transferir fios grossos da parte posterior do couro cabeludo para melhorar a cobertura da área em que os fios afinaram. Se o paciente apenas fizer o transplante e não continuar o tratamento,  a calvície continuará em atividade e os fios antigos (originais) ficarão cada vez mais finos.

Clique aqui e saiba mais sobre tratamento com MMP capilar para calvície Clique aqui e saiba mais sobre a calvície feminina Clique aqui e saiba mais sobre a calvície masculina

A alopecia androgenética, também conhecida como calvície, é a principal causa de perda de cabelos em homens e mulheres e, frequentemente, causa grande impacto na autoestima e qualidade de vida.

Ao longo da vida, 80% dos homens brancos e 50% das mulheres brancas apresentarão algum grau de calvície. Em negros e asiáticos, a prevalência é bem menor. A incidência da calvície aumenta com o passar da idade, mas, em casos mais graves, ela pode ter início na adolescência.

Esta alopecia é chamada de androgenética porque, na sua origem, ocorre a interação de dois fatores:

  •  hormônios androgênicos ou “hormônios masculinos”, que as mulheres também possuem.
  •  predisposição genética, ou seja, o indivíduo já nasce predisposto a desenvolver esta doença.

Na calvície, então, os hormônios com ação androgênica vão agir em áreas sensíveis em indivíduos geneticamente predispostos.

Na calvície, estão envolvidos mais de um gene. Estes genes ainda não são todos conhecidos, mas sabe-se que podem ser herdados tanto do pai quanto da mãe. Vários genes já foram associadas à calvície. Um dos genes já associados  foi o do receptor do hormônio androgênico, que está no cromossomo X, por isso, foi criado o mito de que a calvície viria só do lado da mãe. Na verdade, vários outros genes também estão envolvidos na predisposição à doença e podem vir de ambos os lados da família.  Quanto mais forte a herança genética do indivíduo, mais precoce e mais intensa costuma ser a sua calvície.

O hormônio testosterona é convertido em dihidrotestosterona (DHT) pela ação de uma enzima chamada 5-alfa-redutase. A DHT, por usa vez, liga-se a receptores presentes nas células dos folículos pilosos, levando às alterações responsáveis pela calvície nos indivíduos geneticamente predispostos.

 

As pessoas com calvície possuem mais receptores (“encaixes”) para a DHT e para a testosterona no topo da cabeça. Nas laterais e na região posterior, a quantidade de receptores é bem menor, por isso, permanece com bastante cabelo ao longo dos anos.

A calvície masculina não ocorre por excesso de hormônios androgênicos, portanto, não se costuma solicitar dosagens hormonais para os homens. O que acontece é uma maior sensibilidade do folículo piloso a níveis normais destes hormônios devido ao maior número de receptores nos folículos do topo da cabeça.

Na calvície feminina, o papel dos hormônios androgênicos ainda não está bem esclarecido. Em algumas mulheres, este papel é bem evidente, seja por um aumento dos níveis hormonais ou por sinais de maior sensibilidade a tais hormônios. Mas, em grande parte das mulheres, não se identificam sinais de uma maior ação androgênica, por isso, atualmente, utiliza-se muito um novo termo para calvície feminina: alopecia de padrão feminino.

Normalmente, os cabelos caem e novos cabelos crescem no local com a mesma espessura e atingem o mesmo comprimento que os que caíram alcançaram. Já nas áreas afetadas pela calvície, isto não ocorre, e, a cada ciclo do cabelo, a sua fase de crescimento se torna mais curta. Dessa forma, o cabelo cresce um pouco e logo cai. Além disso, ocorre um fenômeno chamado de miniaturização do folículo piloso, processo no qual o folículo vai sofrendo uma diminuição do seu tamanho, pouco a pouco. O resultado é que o folículo passa a produzir fios cada vez mais finos e curtos, que não são mais capazes de cobrir adequadamente a cabeça.

Evolução da calvície masculina

Os homens costumam perceber a calvície como uma diminuição de cabelos em forma de “entradas” na região anterior do couro cabeludo ou como uma diminuição de cabelos no topo da cabeça. Já as mulheres costumam notar o início da doença como um alargamento da risca central do cabelo e, com o tempo, percebem que o cabelo está ficando mais ralo, perdendo volume, deixando o couro cabeludo cada vez mais visível e o rabo de cavalo mais fino.

Evolução da calvície feminina

O objetivo principal do tratamento da calvície é tentar interromper ou retardar o afinamento progressivo dos cabelos. Algumas vezes, conseguimos também recuperar uma parte do volume capilar perdido.

A finasterida é uma medicação de uso oral que bloqueia a enzima 5-alfa-redutase tipo 2, reduzindo a formação da DHT e, consequentemente, a miniaturização dos folículos..

O minoxidil pode ser usado em homens e mulheres, diretamente no couro cabeludo ou por via oral, e tem por objetivo prolongar a fase de crescimento dos cabelos.

Em mulheres com sinais de hiperandrogenismo, seja por aumento dos hormônios ou por aumento da sensibilidade a estes, podem-se utilizar medicações com ação antiandrogênica como a espironolactona e alguns anticoncepcionais específicos.

Atualmente, estão disponíveis também algumas técnicas para tentar ajudar no tratamento de pessoas que não alcançam uma boa melhora da calvície apenas com tratamento clínico ou que não podem usar tais medicações. Dentre esses procedimentos, destacam-se o microagulhamento e a microinfusão de medicamentos na pele (MMP), possibilitando o chamado “drug delivery”, que é a entrega de medicamentos diretamente no couro cabeludo. A fotobioestimulação, através do laser de diodo de baixa potência ou LED, também pode ser associada aos tratamentos padrões, agregando algum benefício. São tratamentos coadjuvantes e, portanto, não são obrigatórios.

Em casos avançados de calvície, muitos folículos já estão tão miniaturizados que não conseguem mais produzir pelos. Nestes casos, uma opção seria o transplante de cabelos.

No transplante capilar, pelos são retirados da parte de trás do couro cabeludo, que é uma zona resistente à ação dos andrógenos, ou seja, onde estes hormônios não levam à perda de cabelos. E, ao serem levados para região anterior ou topo da cabeça, estes pelos permanecem não sendo afetados pelos andrógenos. Deve-se, porém, manter o tratamento clínico para a calvície, mesmo após o transplante, pois, do contrário, serão perdidos os outros pelos da área calva, restando apenas os cabelos transplantados.

Então, transplante capilar não é tratamento de calvície. Seu objetivo é transferir fios grossos da parte posterior do couro cabeludo para melhorar a cobertura da área em que os fios afinaram. Se o paciente apenas fizer o transplante e não continuar o tratamento,  a calvície continuará em atividade e os fios antigos (originais) ficarão cada vez mais finos.

Para saber mais sobre calvície feminina, clique aqui.

Para saber mais sobre calvície masculina, clique aqui.

Para agendamento de consulta, clique aqui.

error: Content is protected !!