Mais cedo ou mais tarde, os famigerados cabelos brancos irão aparecer. A cor do cabelo é determinada pela quantidade e pelo tipo de melanina, que é o pigmento que também dá o tom da nossa pele, e é fabricada por células chamadas de melanócitos.
Na raça branca, os primeiros cabelos brancos costumam surgir a partir dos 30 anos de idade. Já nos asiáticos, eles surgem no final da terceira década de vida, e, nos negros, após os 40 anos.
Mas isto não é uma regra, pois a herança genética de cada família tem uma influência muito grande no aparecimento mais precoce ou não dos cabelos brancos.
Além disso, alguns fatores externos também aceleram o embranquecimento dos fios (canície).
A canície é considerada precoce quando ocorre antes dos 20 anos em brancos e antes dos 30 em negros.
Assim como a pele, o couro cabeludo e os cabelos também envelhecem e os estudos sugerem que o estresse oxidativo, provocado pelos radicais livres, seja o maior responsável por este processo de envelhecimento.
Os radicais livres são moléculas altamente reativas que são geradas por diversos desencadeantes internos e externos e que podem danificar diretamente as nossas células. E, como defesa, o nosso organismo produz os chamados antioxidantes.
O próprio processo de formação de melanina pelos melanócitos dos folículos pilosos gera uma grande quantidade de radicais livres.
Com o passar dos anos, acredita-se que a produção de radicais livres aumenta e a de antioxidantes diminui. Este desequilíbrio resulta em um acúmulo dos radicais livres e consequente agressão dos melanócitos.
Alguns fatores externos como fumo, radiação ultravioleta e poluição contribuem para formação de radicais livres e, consequentemente, aceleram o embranquecimento do cabelo.
Sim! Todos nós já suspeitávamos, mas agora isto foi confirmado cientificamente pelo brasileiro Thiago Cunha, juntamente com outros pesquisadores de Harvard, que publicaram o estudo em janeiro de 2020 na conceituada revista científica Nature.
No estudo, foram utilizadas substâncias que induziam dor em alguns camundongos, levando à liberação de noradrenalina e outros neurotransmissores que são responsáveis por nos deixar em estado de alerta. Foi observado então que estes animais começaram a desenvolver uma quantidade bem maior de pelos brancos do que os camundongos que não foram submetidos a este estímulo de dor.
Os autores conseguiram descobrir por que isto acontecia: o estresse levava a uma liberação exagerada de noradrenalina, causando uma ativação excessiva da transformação de células tronco precursoras dos melanócitos.
Há um esgotamento das células tronco precursoras de melanócitos. Todas se tornam melanócitos prematuramente por causa do estresse. Então, no próximo ciclo capilar, não há mais células tronco precursoras de melanócitos para produzir melanina. E, assim, o cabelo nascerá branco.
Não, isto é um mito. Na verdade, se ficarmos arrancando várias vezes o mesmo fio, o folículo piloso pode ser danificado e o pelo pode não voltar a crescer.
Não se sabe ainda exatamente o porquê. Acha-se que, com a diminuição da atividade dos melanócitos (células que produzem o pigmento que dá cor aos cabelos), haveria um aumento da ação dos queratinócitos, fazendo com que eles depositem mais queratina nos fios.
Os cabelos são constituídos principalmente (cerca de 85%) de proteína e a queratina é a principal. Assim, acredita-se que, devido à maior quantidade de queratina nos cabelos brancos, eles ficariam mais espessos e, consequentemente, mais rebeldes.
Até o momento, não existe nenhuma substância específica à venda que desacelere realmente o surgimento de cabelos brancos ou que possa revertê-los.
A prevenção contra o aparecimento mais rápido de cabelos brancos se baseia em:
Não. Não há estudos científicos que comprovem que o uso de suplementos antioxidantes desacelerem o surgimento dos cabelos brancos. Além disso, em estudo publicado recentemente na revista Journal of the American College of Cardiology, os autores constataram um aumento de risco de mortalidade por todas as causas com o uso de misturas de antioxidantes. Este estudo reforça os riscos embutidos no uso indiscriminado de suplementos e a importância de obter as vitaminas e minerais da nossa dieta.
Algumas fontes muito ricas em antioxidantes são amora, morango, framboesa, mirtilo, laranja, abacaxi, repolho vermelho cozido a vapor e nozes, entre outros.
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