Queda de cabelo pós-parto é uma queixa de muitas mulheres.
Durante a gravidez, todo o corpo da mulher sofre grandes transformações, e os cabelos não fogem a esta regra.
Normalmente, nós temos 85 a 90% dos folículos do nosso couro cabeludo em fase de crescimento (fase anágena).
Já na gravidez, a grande quantidade de hormônios coloca 99% dos nossos folículos nesta fase de crescimento e os mantém nessa fase por mais tempo. Dessa forma, menos cabelos irão cair durante a gestação. Por isso, geralmente, as mulheres percebem o cabelo mais volumoso e longo quando estão grávidas.
A este tipo de queda de cabelo chamamos de eflúvio telógeno pós-parto e é um processo natural, fisiológico, no qual há uma troca dos fios de cabelo, que ocorre normalmente a cada 3 meses, mas que foi retardada devido à gravidez.
Ou seja, o organismo reteve mais cabelo na gestação, e, alguns meses após o parto, haverá uma liberação destes fios. Não é uma perda de cabelo; é uma troca. No momento em que o fio é liberado, já está sendo formado um novo fio naquele mesmo folículo.
O eflúvio pós-parto, portanto, não é causado pela anestesia utilizada no parto ou pela amamentação. A mulher pode e deve amamentar o seu filho normalmente. E como é um processo fisiológico, não existe uma forma de preveni-lo.
Também não é necessário um tratamento específico pois a queda de cabelo volta ao seu normal após 3 a 6 meses.
Já nos casos em que a queda de cabelo pós-parto é muito intensa, ocasionando falhas no couro cabeludo, ou naqueles em que a queda não volta ao normal após 6 meses do seu início, é recomendada uma avaliação com um dermatologista para que sejam investigadas outras causas de queda de cabelo inclusive através de exames específicos.