Quando o nosso organismo entende que precisa economizar energia para cuidar de algo mais importante como uma infecção, ele envia um sinal para que muitos folículos interrompam a produção de cabelo.
A própria batalha para eliminar o vírus;
Febre;
O estresse psicológico diante de uma infecção que tem causado tantas mortes;
Algumas medicações utilizadas durante a infecção, como a heparina que é utilizada em alguns casos para evitar trombose;
Alguns pacientes não conseguem se alimentar bem durante a infecção devido ao mal estar gerado por ela e evoluem com perda de peso.
Vários folículos vão então passar, prematuramente, para as fases de regressão e em seguida para fase de preparação para queda de cabelo. Esta fase é chamada de fase telógena, e nela , o consumo de energia é mínimo. E o aumento de troca de cabelo resultante deste mecanismo é chamado eflúvio telógeno agudo.
Na fase telógena, os folículos retêm os fios de cabelo por cerca de 2 a 4 meses antes de soltá-los, por isso, o aumento da queda de cabelo após covid é notado principalmente após 2 a 3 meses após a infecção pelo coronavírus.
Temos visto, porém, casos em que a queda tem iniciado com menos de 2 meses da infecção.
Além da queda de cabelo aumentada, algumas pacientes começam a notar uma menor quantidade de cabelo nas “entradas” porque já é a região de couro cabeludo com menos fios, então, com a troca maior de cabelo, é o local em que esses fios que caíram começam a fazer mais falta.
Quando o eflúvio é muito intenso de forma que 50% dos fios ou mais estejam trocando, a paciente pode perceber uma diminuição de volume do cabelo.
E, se a paciente já tinha uma calvície, a área de calvície a fica mais aparente quando acontece o eflúvio.
Nem todo mundo que tem covid, terá eflúvio. Alguns fatores aumentam a chance de ele acontecer como maior gravidade da doença, febre, perda de peso e uso de heparina.
O eflúvio telógeno agudo é um processo temporário que geralmente dura de 3 a 6 meses e o tratamento é feito quando se identifica uma causa tratável.
Ou seja, o tratamento é para causa do eflúvio e não para o eflúvio agudo em si.
Se uma pessoa que está passando por eflúvio telógeno agudo agora decorrente de covid que ela teve há cerca de 2 meses atrás, o gatilho que causou a queda de cabelo foi há 2 meses e já cessou. Como eu vou tratar uma coisa que não existe mais, que foi a covid? Não tem como. A causa já foi resolvida, e agora o que devemos fazer é esperar o organismo se estabilizar, ter paciência que o eflúvio irá cessar em torno de 3 a 6 meses.
Não, porque a causa não foi falta de vitamina; foi uma virose ou cirurgia ou um estresse intenso, que já foi resolvido e não existe mais. Agora é dar tempo ao tempo e não desperdiçar o dinheiro com coisas desnecessárias.
Além do covid, existem inúmeras outras causas de queda de cabelo, por isso, mesmo que você desconfie que sua queda é apenas por causa do covid de meses atrás, é importante passar em consulta com uma dermatologista para descartar outras causas que podem inclusive existir ao mesmo tempo que o eflúvio, com uma calvície, por exemplo.
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