

Você já passou por um momento de estresse intenso e, poucos meses depois, notou uma queda assustadora de cabelo? É uma experiência angustiante que gera ainda mais estresse.
Durante anos, ouvimos dizer que o grande vilão dessa história era o cortisol, o famoso “hormônio do estresse”. A lógica parecia simples: você se estressa, o cortisol sobe, e o cabelo cai.
Mas um estudo inovador realizado por pesquisadores de Harvard e publicado em 2025 mudou completamente o que sabíamos sobre esse processo. Eles descobriram que, na queda de cabelo após estresse, o cortisol não é o ator principal.
Quando algo nos deixa estressados, o corpo reage de duas maneiras principais:

Libera hormônios do estresse (como o cortisol);
Ativa o sistema nervoso simpático
Para entender o que realmente levava à queda de cabelo, os cientistas de Harvard fizeram um experimento curioso. Eles removeram as glândulas adrenais (responsáveis por produzir corticosterona) de camundongos. A teoria era: sem a glândula, sem hormônio do estresse, e sem hormônio, o cabelo não deveria cair, certo?
Errado. Mesmo sem o hormônio do estresse circulando no sangue, os camundongos continuaram perdendo cabelo quando submetidos ao estresse agudo.
Eles então descobriram que o verdadeiro vilão era o sistema nervoso simpático — aquele que é ativado em momentos de tensão ou perigo e responsável pela resposta do corpo de “luta ou fuga”.
Durante o estresse, o sistema nervoso simpático libera uma substância chamada noradrenalina (ou norepinefrina). Ela é uma espécie de “mensageira elétrica” que ajuda o corpo a reagir rapidamente em situações de estresse.
O problema é que, quando liberada em excesso, essa substância atinge também os folículos capilares, que são as “fábricas” dos fios de cabelo.
A noradrenalina afetas as células muito ativas dos folículos, responsáveis por fazer o cabelo crescer. Para funcionar bem, elas dependem muito das mitocôndrias — as “usinas de energia” das células.
Quando a noradrenalina ativa seus receptores, o nível de cálcio dentro das células do folículo sobe demais, prejudicando as mitocôndrias. Sem energia, algumas células dos folículos entram em colapso e morrem.

Com isso, o ciclo do cabelo é perturbado: a fase de crescimento de vários folículos é interrompida, passando para a fase de preparação para queda do fio. Cerca três meses depois do gatilho de estresse, o ciclo daqueles fios termina, e eles começam a cair.
Felizmente este dano que a noradrenalina causa nos folículos não atinge as células tronco, que são as células que permitem o folículo se regenerar e produzir um novo fio. Então, o fio cai, mas imediatamente um novo fio já ocupa aquele lugar. Ou seja, a queda de cabelo causada pelo estresse é reversível, cessa após 3 a 6 meses espontaneamente e o volume vai sendo recuperado.
Não. Para causar queda de cabelo o estresse costuma ser muito intenso e repentino, como uma perda ou adoecimento grave de uma pessoa querida, separação, demissão, etc.
O estresse crônico leve a moderado do dia-adia dificilmente causa queda de cabelo. Em um estudo de 2021 pesquisadores de Harvard encontraram que, com o estresse crônico, o que acontece é que o cortisol faz a fase de repouso do folículo ficar mais longa. Ou seja, os folículos permanecem vazios por um tempo maior antes de fabricar um novo fio.

Portanto, o que se observa no estresse crônico não é aumento de queda de cabelo mas sim uma densidade capilar.
Então, no estresse agudo, há um aumento importante de noradrenalina que interrome a fase de crescimento dos fios e eles caem antes do que deveriam, vários fios juntos ao mesmo tempo: muita queda de cabelo
No estresse crônico, há auemnto de cortisol, que deixa vários folículos em fase de repouso por mais tempo, podendo comprometer a densidade capilar.
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